segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Epigrafia





minha poesia esparsa
respira imersa
a tua inocência esquecida

a saliva só leva consigo
algum do pó inalado e
deixa na língua saburra
de charro mal digerido

minha poesia porca
conspurca
a tua consciência parca

PAR'15

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Pronúncias

Pronúncias


Elagos tavade andaraca valo.
El agosta vadean daracava lo.
Elag ostav adea ndar acav alo.

E la gost av adeand aracavalo.
Ela gos tav ade and ara cav alo.
Elagost avadeandarac avalo.
Ela gostava de andar a cavalo...




PAR'15




Abertura Majestosa com Tremores de Terra e Tocata e Fuga em Ré menor de Bach ao Fundo.


Esporádica era uma jovem, belíssima, que vivia no reino de Incerteza. Assíduo era um príncipe, solitário, que vivia no reino, vizinho, de Pontualidade. Solidária, a mãe, extremosa, de Assíduo, andava preocupada com ele. O rapaz já estava em idade de casar, mas, por alguma razão estranha, ainda não o fizera. Aliás, até ao momento nem sequer uma namorada tivera.
Transitório, o pai, dadivoso, de Esporádica, tinha para com a filha, as mesmas preocupações. Certo dia, Esporádica levou Galdéria, sua cadela, para passear no bosque entre os dois reinos. Encontrou-se, surpreendentemente, face a face, com Assíduo. Que por sua vez, andava naquelas paragens a passear seu próprio cão. Um Pitbull, bem manso, que atendia pelo nome de Paneleiro.
Os jovens sentaram-se para fumar Haxixe e obcecadamente tentar conversar. Enquanto isso, Paneleiro e Galdéria abanavam os rabos pelo bosque a fora… Faladraram durante algum tempo e, de vez em quando, paravam para lamber uma parte qualquer do pelo ou dar umas coçadelas e muitas outras coisas que se pode esperar que aconteça entre príncipes e princesas.
PAR

Santa Poesia