Não estou interessado em falar nem em ouvir falar sobre os companheiros de ninguém,
e não sou nada bom a fingir que estou interessado.
Por isso digo logo que não me interessa.
E não é um Rapaz, é toda e qualquer pessoa que possa estar envolvida emocionalmente
com outra, não faço juízos das relações de ninguém.
Cada um deve seguir, com suas relações, conforme lhe apeteça, a minha opinião é inútil e desnecessária.
Faria juízos de qualquer maneira, assim, para evitá-lo, não falo nem ouço falar e tu,
pessoa adulta e inteligente, devias, supostamente, entender a minha posição.
Não quero falar com ninguém sobre ninguém, nem sobre ti, nem com o Príncipe Carlos
sobre a Camila, nem com ninguém sobre outro alguém com quem tenha uma relação
emocional.
As relações e os comportamentos pertencem a cada um, e ninguém nunca os será capaz
de decifrar...assim sendo, não vale a pena o tempo dispensado a ouvir nem a falar.
A cada dia que passa torno-me niilista no que tange ás emoções de terceiros... sei das minhas
e muito pouco, não posso ajudar a compreender aquilo que nem eu compreendo.
As emoções são como a manteiga, a maioria passa-as em grossas camadas no pão ao pequeno-almoço, engolindo-as a seguir, para passar o resto do dia afrontado, não estou para aí virado. Deixei-me de lamúrias com relação ao que quer que seja, tornei-me ainda mais frio com relação aos dramas da plebe rude. Estou-me a cagar para a Maddie e as crianças desaparecidas em combate, estou-me a cagar para as mães, boas ou más. E as tias que tentam ser mais mães que as próprias e as mulheres que acham que a maternidade é divina, e as divindades que acham
que o feminino é imaculado etc. Estou a deixar-me cada vez mais de conices e paneleirices, coisinhas e detalhes, sub intenções e subtextos.
Adeus Shakespeare e suas Metafóricas Pirocas do Poder, Bem-vindo Genet e suas Objectivas Pirocas Desterradas. Morte à Ciência e à sua falta de Objectividade. Morte à Política e sua inexistente eficácia legalista. Não há mais conhecimento do que havia há 100 anos atrás, foi apenas manipulado para parecer novo, máscaras sociais de um saber em vias de apodrecimento.
Tenho também escrito o meu Diário de Bordo, que pretendo publicar aos 45 anos de idade e que se vai chamar “Cais do Parto” ou “A Importância da Virgindade de Maria Santíssima para a Manutenção dos Lavores Arcaicos dos Países Subdesenvolvidos”. Nietzsche em Pastilhas e Kierkegaard na Veia...
Panaceias Universais como o Alho, o Vinagre e o Limão. Busco Liquefazer o Papa e beber o Sumo Pontífice. Quero roubar todas as flores que são deixadas diariamente no túmulo de Lady Di e depositá-las, descaradamente, no de Madre Teresa de Calcutá. Já que Puta por Puta, prefiro a Santa. E deixar os Urros Ensandecidos da Urbe Asquerosa Morrer nos Ouvidos Como Ecos de Todas as Inúteis Revoluções Humanas, percebes?
C’est comme ça, meinen lieben freunden.
Paulo Acacio Ramos