Thelma Salim Reston
06 de Julho de 1939
(Feliz Aniversário)
Atriz. Participa de alguns dos grupos mais expressivos dos anos 60 - Teatro Ipanema, Centro Popular de Cultura, Teatro Jovem, Teatro Oficina. Na maioria dos papéis que desempenha, Thelma Reston exibe uma atuação baseada no seu estilo escrachado. Corpulenta e de seios fartos, muitas vezes suas personagens oscilam entre o erótico e o grotesco.
Seus primeiros trabalhos são no Teatro do Rio, de Ivan de Albuquerque e Rubens Corrêa, onde atua, nos anos de 1960 e 1961, em cinco espetáculos, os dois últimos com direção Ziembinski: Prodígio do Mundo Ocidental, de John Millington Synge, A Ratoeira, de Agatha Christie, A Falecida, de Nelson Rodrigues, Espectros, de Henrik Ibsen, e Círculo Vicioso, de Somerset Maugham. No Teatro Jovem, atua em O Chapéu de Sebo, 1962, e em O Chão dos Penitentes, 1965, ambos de Francisco Pereira da Silva. Trabalha sob a direção de Martim Gonçalves em Bonitinha, mas Ordinária, de Nelson Rodrigues, 1962; Victor ou as Crianças no Poder, de Roger Vitrac, e Orquestra, de Jean Anouilh, 1963. No mesmo ano, integra o elenco do Centro Popular de Cultura, CPC, em O Filho da Besta Torta de Pageú, de Oduvaldo Vianna Filho. Em 1966, atua em Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, texto coletivo de integrantes do Grupo Opinião, e, no mesmo ano, é dirigida por Flávio Rangel em O Sr. Puntila e Seu Criado Matti, de Bertolt Brecht.
Participa das mudanças estéticas e temáticas que o teatro sofre nesse período, participando de Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã, de Antônio Bivar e, em 1970, atua na histórica montagem de O Balcão, de Jean Genet, com produção de Ruth Escobar e direção de Victor Garcia. Trabalha sob a direção de Luis Antônio Martinez Corrêa em O Casamento do Pequeno Burguês, de Bertolt Brecht, 1974, A Ópera do Malandro, de Chico Buarque, 1978, e O Percevejo, de Vladímir Maiakóvski, 1981.
Em 1980, atua em Bodas de Papel, de Maria Adelaide Amaral. A direção que Cecil Thiré imprime ao trabalho da atriz leva o crítico Yan Michalski comentar que Thelma Reston tem um desempenho "finalmente diferente do filão único a que tem sido relegada, mas com pleno reaproveitamento do seu tão pessoal senso de humor".
Participa de Pedra, a Tragédia, de Mauro Rasi, Miguel Falabella e Vicente Pereira, direção Ary Coslov, uma das peças marcantes do teatro besteirol, 1986.
Na década de 90, está ao lado de José Wilker, em A Maracutaia, baseado em A Mandrágora, de Maquiavel, adaptação de Miguel Falabella e, em 1997, protagoniza A Mãe, de Máximo Gorki, com a Companhia Ensaio Aberto, direção de Luiz Fernando Lobo.
O estilo de Thelma Reston associado ao seu tipo físico faz com que seja freqüentemente chamada a realizar uma espécie de máscara fixa. No teatro comercial, em que faz grande parte de sua carreira, atua como comediante. Em alguns espetáculos mais comprometidos com a inovação ou experimentação estética, a atriz encontra campo para imprimir sua interpretação a um leque maior de personagens e linguagens.
fonte: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm
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