quinta-feira, 5 de maio de 2011

05.05.11



órbita obliqua
à volta de nada
de vácuos eternos
e oráculos divinos
folha que adeja
ao sopro do zéfiro
e flauta
e fraga
de frémito pagão
mão que treme
de paixão
sobre livro
e corpo e neve
e rocha
freme a chama
incerta e sem mel
desaparece lambido
o sal no canto
dos olhos
e os pardais
endémicos
riscam o chão
riscam a mão
os pardais 
esvoaçam
riscam os ar
o céu o azul
os pardais ficam
não vão para
o sul.


PAR - PT

1 comentário:

Marcos Burian (Buriol) disse...

No momento, eu queria é ir um tiquinho pro norte...lá na Bahia. Ficar lá até o incipiente inverno morrer.

Santa Poesia