quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Ópera Puta

Ópera Puta 

Fá Mi Sol Ré Si Dó Lá... 
Lá Dó Sol Mi Si Ré Fá... 
Fá Dó Sol Si Mi Lá Ré... 

Assassino toda a escala
em um canto
e tu me calas
e nem me notas!

Absorvo toda a escala
Assim sem dó
A tapar o sol
Lá, lá lá lá lá lá lá lá lá!

Ópera Puta 

Fá Mi Sol Ré Si Dó Lá... 
Lá Dó Sol Mi Si Ré Fá... 
Fá Dó Sol Si Mi Lá Ré... 

Assassino toda a escala
em um canto
e tu me calas
e nem me notas!

Absorvo toda a escala
Assim sem dó
A tapar o sol
Lá, lá lá lá lá lá lá lá lá!


PAR - PT




segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Sei lá...

Dia universal de não sei porque ...


Todos os lugares são estranhos,
todos eles,
sem excepção.
Todos os lugares são absolutamente estranhos
e há muitos estranhos habitando neles.
Todos os estranhos são muito estranhos
até serem conhecidos então eles se tornam
ainda mais estranhos ...
Simplesmente.


PAR 2021




quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Abandono Social


Um andarilho mexe com o cimento virtuoso.
Ai de mim!
Um nada permanece na água delicada.
A eternidade faz bolhas em êxtase irreflectido.
As ostras da doença!
As vergas pandémicas provocam agonia de veludo.
Enquanto uma febre húmida arrasa vulcões negros.
Não há nada nas casas distantes…
A dor banha-se na tristeza das dependências ao longe.
E, sim! Uma febre húmida brilha com um abandono roxo.
A sensação estremece nas ostras fermentadas.
Não deve a doença doer por um êxtase congelado?
O absoluto sopra bolhas na água imerecida.
Meu pálido esforço é o êxtase!
Gotas de suor perniciosas.
O absoluto cria bolhas em vulcões estéreis.
Assim, um nada reúne-se ao sumo da dor.
As pandemias estremecem em uma tristeza clara,
Enquanto o sentimento mexe com o êxtase de veludo.
Um rosto vermelho dói por latrinas reflexivas.
Oh, como a doença pondera conhecimentos intuitivos!
A distância brilha como uma delícia roxa.
Não poderia a eternidade dançar ao som do riso imerecido?


PAR




terça-feira, 7 de setembro de 2021

TRANS

Trans Eterno


Trans Mito
Trans Ponho
Trans Formo
Trans Firo
Trans Passo
Trans Torno
Trans Aciono
Trans Porto
Trans Piro
Trans Pareço
Trans Sou
Trans Fico...


PAR




sábado, 4 de setembro de 2021

Versos Ingleses

So Many Autumns

Dawns the Autumn.
a Poem opens itself.
some wings spread.
little mouths open.
flowers blooming 
everywhere.
eyes wide close.
ears wide open.
Open, doors, letters.
Secret Diaries revealed.
Scars still beating.
Above the waters
arrises the mist.
days and waves
keep building 
its Cathedrals.


PAR




Versos Ingleses

Desire Four Walls Around... A Bed to be that Was Completely warm and free from Trees and Clouds. Never Black but Slowly Calm, Always Room, Never Unbearable...

PAR




Versos Ingleses

(drumstick)

Dear diary
yesterday
I killed somebody
who was allergic to dairy
gave him eggs
gave him milk
dressed him in silk
now he is laying
swimming in his own filth
so classic
so well dressed
with his solid pretty face
so placid
so static
so not symptomatic
sumptuous taste
of flower petals
red wine
and shilling wind
licking the back
of my left leg.


PAR




sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Outono em breve...


 

.:.

Poema que estava no banco da praça em que nos sentámos…

 

Olhava-te ali nu!

Nublava teus poros de chuva.

Olhava-te nu!

Trovões do fundo do oceano.

Olhava-te…

Olhava-te…

Orvalhava-te nu!

Molhava-te ali.

 

PAR

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Poema


:

Bananas em uma caverna molhada

O sol brilha como laranjas à noite.
As moscas enfrentam o tempo mais frio!
A lua permanece em uma tristeza congelada.

O vento mantém o sopro do êxtase negro.

Um membro dança com uma lambida intensa.
Dentes escuros rasgam uma pele rosada!
Uma rosa vermelha chora de curiosidade.

Alguma agonia fermentada!
Gritos nas dependências matinais
Caverna molhada emana risos negros.

Os glaciares derretem nas línguas!

O sol reclama bananas reflexivas.
Como as manhãs doem na tristeza vazia do paraíso.
A eternidade chora gotas de orvalho bem merecidas.

E o deserto se banha em ostras fermentadas.
A lua dança para vulcões estéreis.
A delícia da noite!

Na caverna esqueceu-se os silêncios!


PAR





segunda-feira, 9 de agosto de 2021

quatro vezes num mesmo momento de fora para dentro...

adoro verbos
adoro desfazer verbos
adoro o verbo desfazer
adoro substantivos
adoro construir nomes
adoro substanciar palavras
adoro o silêncio da verborreia
advérbios de modo
abordagens modificadas
adoro não adjectivar
amarelos escuros artificiais
adoro a não-transitividade
administrada aos verbos.

PAR
I love verbs
I love undoing verbs
I love the verb undo
I love nouns
I love building names
I love substantiating words
I love the silence of the verbiage
modal adverbs
modified approaches
I love unadjectivization
artificial dark yellows
I love the non-transitivity
given to the verbs.

PAR




I love to see you
I love undoing entries
I love to see everything undo
I love substitutes
I love building denominations
I love giving substance to words
I love the silence of speeches
adverbs that are in fashion
built borders
I love not using adjectives
shallow shady yellows
I love non-transhumanity
given to the unknown.

PAR

adoro ver-vos
adoro desfazer entradas
adoro ver tudo desfazer-se
eu amo substitutos
eu amo construir denominações
adoro dar substância às palavras
amo o silêncio dos discursos
advérbios que estão na moda
fronteiras construídas
eu amo não usar adjectivos
amarelos escusos superficiais
eu amo a não-transumanidade
aplicada ao desconhecido.

PAR

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Às Giras

No girar da roda.


eu amo coisas giras...
girafa, girassol, gira-discos.
amo coisas giras:
cata-ventos, piões, carrossel.
coisas giras...
canções, cantigas, amor.
giras
anas, mônicas, adrianas,
tatianas, márcias, rosas,
cláudias, catarinas...
gira-mundos.
pombas-giras.


PAR 2021




sexta-feira, 9 de julho de 2021

Etnia

 


Pela autoanálise do meu coração,
por onde passa meu sangue a caminho do meu cérebro, a minha herança étnica é:

Albanês Alemão Amárico Árabe
Arménio Azerbaijano Basco Bengali
Bielorusso Birmanês Bósnio Búlgaro
Canarim Catalão Cazaque Cebuano
Checo Chichewa Chinês Cingalês
Coreano Corso Crioulo Croata
Curdo Dinamarquês Eslovaco
Esloveno Espanhol Estónio Filipino
Finlandês Francês Frísio Gaélico
Galego Galês Georgiano Grego Guarani
Gujarati Haitiano Haúça Havaiano
Hebreu Hindu Hmong Holandês
Húngaro Ibo Indonésio Inglês Inuite
Ioruba Irlandês Islandês Italiano
Japonês Javanês Khmer Kinyarwanda
Laosiano Latino Letão Lituano
Luxemburguês Macedónio Malaiala
Malaio Malgaxe Maltês Maori Marata
Mongol Nepalês Norueguês Oriá Pastó
Persa Polaco Português Punjabi
Quirguistanês Romeno Russo Samoano
Sérvio Sesotho Shona Sindi Somali Suaíli
Sudanês Sueco Tailandês Tajique Tâmil
Tártaro Telugu Tupi Turco Ucraniano
Uigur Urdu Usbeque Vietnamita Zulu +


PAR






terça-feira, 6 de julho de 2021

Poema, de hoje, antes que o céu se feche...

Os Vulcões do Deserto


Os lábios da manhã!

Uma caverna húmida que cheira 

ao êxtase de uma rosa vermelha.

O céu brilha no deleite dos olhos rosados.

Escute, olhe, prove e nunca pare!


A noite estremece em gemidos congelados,

Assim, a eternidade anseia 

pela agonia da tristeza aveludada.

O oceano se banha no abandono do amor.

As magnólias nunca se esquecerão de nós!



PAR 06072021*

















*25 anos de um amor que me faz feliz!

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Advento


“Disputa”

 

Anjos e demónios foram de férias, cansados da disputa eterna entre os que acham que têm fé e os que têm fé no que acham. “Bem-vindos à ilha da fantasia” - disse o anfitrião-anão à sua chegada – “O barco do amor partirá em alguns minutos!”

 

PAR


Santa Poesia