Aquela era a maneira
que eu tinha para os saber,
fazendo exame dessa raiz
vulnerável em meu corpo,
à maneira que uma criança
pequena põe tudo:
seixos, chaves, carros plásticos
em sua boca.
Eu deslizei-os para dentro,
um após o outro, como um jardineiro
que planta bolbos de tulipa selvagem
para ver cada flor híbrida,
suas pétalas lustrosas vibrantes.
Eu quis aprender sobre o amor,
E como me transformaria,
minha pele que eu friccionei
de encontro à dele,
seus olhos como a terra
treme em suas profundidades,
uma fortuna de diamantes crus.
Embora fosse frequentemente egoísta
e avesso a tal caos em vigília,
eu aderi à única ciência que conheci.
O petróleo bruto…
porque era lá, na noite fria,
o primeiro homem que descobre o fogo,
a grunhir, batendo insistente a rocha
de encontro à rocha, dobrado nessa faísca.
Estou contente de me ter
refeito com tudo isso.
Quase a metade de um século,
as mesmas caras cumprimentam-se
a cada manhã parda
como uns gatos com fome.
Vocês pensam que vocês são vocês.
Mas, logo, a morte agarrá-los-á
por suas cinturas largas
para empurrá-los um por um para fora de casa,
desligará o interruptor do gás e da água,
porá abaixo as luzes,
tapumes por cima das janelas,
aquelas portas francesas trancadas,
e então, justo quando vocês pensaram
que este era um lar
girou a chave delgada
de ouro na fechadura.
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