A anedota sobre o homem que vai a uma exposição
e passa horas a admirar um extintor não é tão tola
como possa parecer ao princípio.
Há os nomes intocáveis, a que ninguém se atreve
criticar, pois levava imediatamente a etiqueta
de não perceber nada de arte. Certamente que se
algum dos artistas intocáveis um dia pusesse um
registo com o seu nome numa parede, à base de um
extintor, "todos" iriam considerar o tal extintor uma
fantasticamente intocavel, também, obra de arte,
cheia de seus significados.
Ainda há pouco se viu ser mostrada na televisão uma
exposição onde, entre outras coisas, peças de sucata
eram exibidas como arte. Tivesse EU lá aparecido com
algo daquilo para expor e fôra simplesmente mandado
à merda num barquinho, mas sendo alguém cujo nome,
isto aquilo e talvez quem sabe um dia, já é o que se sabe.
Vivemos numa sociedade de hipócritas, abarrotada de
gentinha sem personalidade que se deixa dominar por
algumas pessoas mais "influentes" e que "sabem o que
dizem" e a dita "ARTE" é apenas mais um retrato disso.
E que ninguém me tente convencer que deixar um cão
morrer à fome è à sede amarrado a uma parede numa
galeria de "ARTE" é simbólicamente... Blá blá blá...
Que tudo que poderei fazer é mandar FODER-SE.
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