quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

23.02.11



bebe do que deito
pelos poros
líquidos puros
sabores seguros
parcas saudades
bebe do meu orgasmo
engasga do meu óleo
e dá um grito
de quase morte
ao meu ouvido
embebe teu corpo
no que me sai
assim do corpo
bebe o sumário
do que o meu corpo
deixou no teu
desata-me lágrima
salivada pelos olhos
mata-me a sede
no vinho que suo
quando te possuo
e pouso meu peito
por cima do teu
bebe do que sai
da minha pele
do humor cálido
que me recobre
película
vapores sólidos
e pálidas memórias.


PAR - PT

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