quinta-feira, 28 de junho de 2012

Polímnia



move-se o herói em
labiríntica dúvida
entre o medo da medusa
e o fingir da esfinge
estica o fio do destino
ao limite do voo.

o herói cumpre desígnios
lava de suor a testa
insigne e faz curativos
aos calcanhares
houve tempos em que ouvia
cantos fatais na noite
fria e sonhava a lua
como um olho único
a tomar-lhe conta.

a noite a parir titãs
sobre as conchas do oceano
os ossos cansados
de trabalhos vêm dar à costa...

ilha após ilha após ilha
a cada aventura
o sumo dos desejos e
o sal das armadilhas.

PAR - PT

*provocado por um tema de um concurso de poesia!!!

Sem comentários:

Santa Poesia