Há pensadores que proclamam quê se a idade moderna começou com a descoberta da América, esta também acabou na América. Diz-se ter ocorrido no ano de 1969, quando se mandou o primeiro homem à lua. Deste momento histórico em diante, uma nova era na vida da humanidade pode ser marcada. Hoje, muitas coisas indicam que acabamos de terminar um período de transição, pois parece que uma coisa caminha para o seu fim e outra está dolorosamente nascendo. É como se algo estivesse explodindo, decaindo, exaurindo-se, enquanto outra coisa, muito distinta, estivesse surgindo das ruínas.
Períodos da história, onde os valores se submetiam às trocas fundamentais, não o eram sem precedentes. Aconteceu no período Helenístico, quando das ruínas do Clássico, a Idade Média, gradualmente começou a nascer; também o Renascimento, que abriu o caminho para a Idade Moderna. As características distintas de tais períodos de transição, são uma mistura e combinação de culturas e uma pluralidade ou paralelismo de mundos espirituais e intelectuais. São períodos em que todos os valores consistentes, do sistema, entraram em colapso, onde culturas distantes no tempo e no espaço são descobertas ou redescobertas. Períodos onde há uma tendência a avaliar, imitar e amplificar, mais do que afirmar com autoridade ou integrar. Novo significado nasce, gradualmente, do encontro, ou intersecção, de elementos muito diferenciados. Hoje, esse estado de espírito, ou do mundo, humano, é chamado Pós modernismo.
Para nós, o símbolo deste estado, seria um beduíno montado num camelo e vestido de roupas tradicionais, sob as quais veste ganga, com um telefone celular nas mãos e um adesivo da Coca-Cola, nas costas do camelo. Não estamos ridicularizando-o, tampouco elogiando um corte intelectual sobre a expansão comercial do oeste que destrói as culturas estrangeiras. Vêmo-lo mais como a típica expressão de sua era multicultural, um sinal de que um amalgamento de culturas está tomando lugar. Vemos nisso a prova de que algo está nascendo, que estamos numa fase em que uma era sucede a outra, onde tudo é possível, porque nossa civilização não possui seu próprio estilo, ou espírito, quiçá estética.
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