O sol do alto verão
As portas maciças da circunstância
Giram sempre sobre
A menor dobradiça,
E assim alguma possibilidade,
A mais remota, que vá aparecendo,
Dá, frequentemente,
À nossa vida o seu pós-tinto.
Os recantos descascados
De nossas vidas diárias.
As coisas comuns escassas e vãs.
Valem as recordações,
Que a nenhum traço
Visível sobrevivem.
Estes são os caminhos,
Depois de depois de tudo.
A pintura colorida a chocolate.
E o sol de julho
Gastam como um aparelho
Que descasca os últimos
Esforços do amor.
Mais do que o tempo abandonou.
Há o abandono do deus,
Que se levantou do oceano
Há cem anos atrás.
A pintura descascando
É um retrato dos emigrantes
Da América perdida entre as costas.
Para ter sido através de tudo,
Para ter sofrido tudo
E ter deixado a porta descascando.
A vida quotidiana está em toda parte,
Onde quer que o abandono
Seja negado - um corvo
Que levanta voo após um acidente,
Desgastando o uniforme cinzento
De um qualquer outro pássaro.
Um carnívoro que espera
Os ossos da vida.
Flores para a memória, em um poço.
Na profundidade, cada gesto sagrado
Torna-se vão, sujando a porta.
PAR - PT
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