domingo, 7 de novembro de 2010

07.11.2010



amar-te assim
amar-te assado de tanto esfregar
amar-te sonho inacabado
acordar com vontade de mijar
acordar molhado de suor
acordar molhado
acordar desacordado e voltar a dormir
carros distantes arrastam rodas
rasgam estradas
meu coração estala sua cobertura de açúcar caramelizado
treme assustado parque de diversões
carros em choque
sereias longínquas
corpo de bombeiros molhados
mangueiras água incêndios
inesperados
o farol na ilha dos condenados
escorre seus fachos de luz
sobre a pele queimada de tanto esfregar-se
e amar-te assim
despertar de um sonho estranho
de vontade de mijar...

PAR - PT

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Santa Poesia