sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11.11.11



Crateras


depois da noite verde
ficou um cheiro
indelével na pele
que não sai
dos olhos e azeda
as lágrimas
lua lavada
escorrida de céu
lua reflexo
esparramada na
pele do lago
depois daquela 
noite tão vermelha
a boca aberta
absorve nuvens
galhos de árvores
namorados
a noite amarela
ainda vomitava
conversas murmuradas
enquanto adormecíamos.


PAR - PT

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