segunda-feira, 7 de junho de 2010

07.06.2010



não me importa, somente,
quem me possa ter lido
importa-me sim, também,
quem me possa vir a ler

às vezes escrevo poesia
os poetas escrevem, às vezes,
poesia, a maior parte das vezes

e pouco me importa
a porta aberta fechada
a porta não tem vontades
a porta não sabe verdades
aporta a porta em si

a porta fecha-se em suas
vaidades
quero
que jures que me amas
que por amor não jures

bate a porta
lê-me a escrita
escreve meu nome
na porta que abres

rima meu nome
com a luz que passa
por baixo da porta
que eu lido com tudo
que já não importa

PAR

Trofa - Portugal

1 comentário:

____ disse...

Não abro mão
Leio
Não me importo com a porta

Santa Poesia