Haverá, nos dias de hoje, amor tão forte e tão devastador que faria alguém padecer por ele??? Eu, cá por mim, não tive a sorte de o encontrar e, muito provavelmente, a maior parte das pessoas que me lêem. É trágico o romance de Camilo Castelo Branco. Escrito no século passado, fez suspirar e ansiar muitos corações, por um amor tão arrasador e deprimente. Gostarão as pessoas de sofrer??? Temos todos de apreciar uma boa tragédia literária, em meio a tantos BigBrother e Novelas Globais... Se não for sofrido, o romance, não presta??? Uma heroína que morre num convento, sorte da Jade e suas pulseiras de pedras coloridas que só tem que obedecer às obrigações de uma mulher muçulmana, um herói que morre em alto mar, sem a chance de um Clone para substituí-lo, doente e angustiado...e para arrematar há o suicídio (merecido, diga-se de passagem) da única personagem feminina no enredo que faria do nosso Camilo dar provas de alguma sanidade terrena. Mas será, isto, possível??? Por mais que lamente desiludir os coraçõezinhos mais Celine Diónicos ou Laura Pausínicos, ninguém morre por amor. A dor de uma desilusão pode e deve, acima de tudo, fortalecer nosso espírito. Por falar em Literatura, quanto à importância dada pelos nossos “kridos” “profes” de língua (que delícia) e literatura dão a esta obra...resta pedir-lhes que a ênfase esteja centrada na qualidade da língua e não na sua forma de utilização dramática para uma história catastrófica e sem esperanças... Mas, que dizer mais, de uma autor que para dar um jeito à própria vida, não soube fazer melhor escolha que o suicídio??? Que bom!!!
P.S. : Há de arder no mármore do inferno eternamente!!!!
*pensamentos após mais uma leitura de Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco.
3 comentários:
No meu curso na Universidade Clássica de Lisboa, o meu krido professor de literatura obrigou-nos a lêr o Amor de perdição para compará-lo com O primo Bazílio. É evidente que se tratava dum homem profundamente amargado, pois a escolha era simples, embora o castigo da coitada casadita.
Estou convencido de que Castelo Branco sofria menos do que gostava de contar. Há muitos assim, pode que até o meu professor fosse um deles.
Mais uma coisa sobre a imagem: o meu amigo Teddy até dava algum ano de vida por ser durante uma hora a velha que olha para o rapaz do escudo.
analisando o entalhe de tal bocado de carne humana, até eu meu querido, até eu...
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