segunda-feira, 4 de abril de 2011

04.04.11



um corpo nas mãos
escorre volátil e
desidrata a pele
tocamo-lo
deixamo-lo estar
queremo-lo apropriar
respiramos o ar
que se lhe exala
lambemos-lhe as gotas
que cobrem os pelos
um vazio estranho
habita o espaço
entre o corpo 
e as mãos
um vazio concreto
que enche as mãos
a boca e os poros
um vazio táctil
escorre volúvel
e delata a pele
o corpo dilata-se
no vazio e enche
as mãos...


PAR - PT

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Santa Poesia