terça-feira, 12 de abril de 2011

12.04.11



perco-me no labirinto
substituo-me aos deuses
abdico da orientação
parca
abro mão da tranquilidade
paradisíaca
aminoácida
exemplar metáfora
da real contradição humana
deifico-me
faço-me órfão de mim
sem bússola
sem âncora
agravo-me em minha
cegueira
e pago o preço
da solidão
mundo indiferente
silêncio do cosmos
condição ainda mais
absurda que o vazio
que cerca o indivíduo
isolamento de semelhantes
cujos destinos estão
ligados entre si
defesa da teoria
imediatista
dos prazeres efémeros
definidos pelo princípio:
"dia de tudo,
véspera de nada..."


PAR - PT

2 comentários:

Jack vestida de loba e uivando...ou balindo? disse...

"dia de tudo, véspera de nada..."

É bem assim mesmo...

Mas pode ser bom tbm...se o nada estiver ocupando o lugar de um tudo pessimo...

(Abraço apertado em vc!!!!!!!!!!)

Marcos Burian (Buriol) disse...

Como isto fez sentido...como faz sentido...

E como dizem alguns interneteiros daqui,

"comofas??//////?"

Santa Poesia