domingo, 14 de março de 2010

14.03.2010

Este meu jeito às avessas
De fazer as coisas...
Essa tortura,
Essas marcas indissolúveis
Dos açoites do tempo impossível
Fazem sangrar a alma inebriada
De um sangue escuro e escasso e denso
Desassossegou o meu dia
Penetrou as minhas nuvens,
Inundou-me com o seu Sol,
Fez-me rir com alegria.
Olhos negros de breu
Vêm aqui ter comigo
Tristes, profundos e vivos
Tão pouco reais
Tão transitórios
Tão raio de luar!

Paulo Ramos - Trofa - Portugal

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