quarta-feira, 31 de março de 2010

31.03.2010



a língua moranga os dentes
a flor pimenta o nariz

e faço existir alternâncias
sou de um mar que não encapela
anseio o vinagre dos beijos
minhas memórias fazem
surgir os buracos nos queijos

o nariz baunilha os olhos
o fruto laranja os dedos

e trago nas mãos abundâncias
sou cornucópia sem volutas
aspiro aos arcos dos tectos
minhas palavras iluminam
as escamas dos peixes.

Paulo Ramos - Trofa - Portugal

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Santa Poesia