segunda-feira, 1 de agosto de 2011

01.08.11


Laika

Laika vadiava numa rua
Às vezes uivava para a lua
Certos homens deitaram-lhe a mão
E roubaram-lhe a sofreguidão

Não tinha planos a cadela
Apenas cuidava da vida
Puseram-na então numa cela
Que voava no céu perdida

Perdida no ar em rotação
Dialogava com a solidão
À luz da aurora amarela

A nave não voltaria ao chão
Nunca a tirariam da prisão
Decidiu tornar-se uma estrela.


Paulo Acácio Ramos (Vulgo PARACAUAM)

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Santa Poesia