Rebanho
Tantas gentes
A coabitar
Uma só cabeça.
Um desassossego nas
Paredes da Tabacaria.
Um fingir que é dor.
Tantas letras
Na essência musical
Dos (teus) versos inúteis…
Porque quem ama
Nunca sabe o que ama
E eu te amo Pessoa,
Venero teus Reis
E teus Campos.
Quem fostes vós
Neste mundo aberto?
A destilar belas flores
E tosquiar o Carneiro
Na Brasileira de Lisboa…
De quem fostes voz
Para um deus Caieiro?
Deixo as asas dos
Quatro anjos
Tapar-me os olhos
E não me preocupo
Em saber qual és,
Fernando, que
Soares aos ouvidos.
PAR - PT
1 comentário:
Fernando Pessoa, um poeta, mil disfarces!
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