quinta-feira, 11 de agosto de 2011

11.08.11


Promontório

Ao tempo pouco
Se lhe importam
As rugas
Que o velho tem
O tempo tão mais
Velho que o mais
Velho dos homens
E de novo pensa
O velho em seus
Momentos contados
E conta histórias
De um tempo
Passado a limpo
Louça lavada
No rio que passa
Que apenas passa
Tão-somente uma vez
No mesmo lugar
Lugar que é
Suporto no tempo
Ficar – não – passar
O velho
Simplesmente
Acaricia as marcas
Que o tempo
Lhe escavou
Na pele
Como ventania
Insistente que rasga
A face da rocha
Resistente
O velho é uma
Falésia a olhar
O mar
Que bate a seus
Pés
O velho é uma
Rocha que se
Faz areia
Nas praias do tempo.

PAR - PT

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Santa Poesia