sexta-feira, 9 de abril de 2010

09.04.2010

Sonho-me enquanto me sono,
distraio-me quando me engano.
Já que não sei, anseio.
O que não sou, assumo.
Leio-me em branco, resumo.
Mas, não abram tão depressa
as cortinas que ainda não abstraí
a metodologia do teu olhar.
Primeiro os Violinos, então as
Flautas, e os Oboés, e os Fagotes
e muito lentamente os graves
de Contrabaixos, então logo
estão todos em (uníssono) harmonia
a fazer soar a corda bamba.
A bailarina cai, o cantor cai,
caem os equilibristas e as
sambistas e os ilusionistas.

Paulo Ramos - Trofa - Portugal

Sem comentários:

Santa Poesia