quinta-feira, 22 de abril de 2010

22.04.2010



























O Outono não me dói
como me doem as ausências
a sopa a deitar seus fumos
amalgama da nossa essência
cheiros de vida e desconforto
perfumes de decomposto
rios de merda a cobrir o rosto...

Quero que aprendas a respirar
quero que prendas a respiração
quero que aprendas a mastigar
quero que arranques os dentes
quero que reines sobre todos
os corpos independentes
quero que te aprendas a marturbar
quero que uses preservativos
quero que bebas conservantes
quero tremoços com cerveja
quero que cheires o chão que pisas
quero que cheires as usinas
quero dar-te os peidos das vacas
quero que esqueças
quero que esqueças tudo
quero que esqueças tudo que aprendeste!

TO_PAR - Trofa - Portugal

Sem comentários:

Santa Poesia