quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

05.01.11























de nada nos serve
a dor do absoluto
se não nos for dado
poder combater
acumular cicatrizes
lavar as feridas
com as lágrimas
tirar cristal
o sal da pele
de nada nos vale
a cor absurda
do absoluto
se não compreendermos
o relativo
caminhar
parar
recolher pedras do chão
guardar as pedras
da memória
como raras jóias
preciosas
de nada adianta
o brilho do corte
se não lapidarmos
o silêncio
da escuridão.


PAR - PT

1 comentário:

Marcos Burian (Buriol) disse...

A escuridão anda reinando viu. E tá cada vez mais difícil achar uma lanterna, um lampião, um palito fósforo que seja.

Santa Poesia