aponto-te a ponte
que penetra a bruma
e esconde suas
lesmas no musgo
a ponte
respira suas sombras
e bebe
as águas do rio
as pedras da ponte
a congelar
sob o arco do teu olhar
a ponte a desenrolar-se
tapete
dentro da névoa
ninho de garças e corvos
espinal medula
do toque dos amantes
do voo dos suicidas
do trabalho invasor
do Império Romano
a ponte devora suas
pedras e dorme
sobre a memória
das perdas.
PAR - PT
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