sábado, 24 de julho de 2010

24.07.2010





Estrelas enormes caem,
Corujas enormes circundam
Por cima de nós. 
Nós sentamo-nos no
Chão maravilhados.
Há um, qualquer um
Que um qualquer não esteve com ele!
A verdade é, nada de matérias outras. 
Você é, mim sou, ele é-se.
O mundo vem, por favor, pedir. 
Erga as mãos. 
Nenhum não. Nenhum não. Sem sustos. 
Um Deus velho encolhe na chuva,
Ondula nos varais. 
Oxida-se no humedecer da negligência. 
Alguém abandonou seu passado. 
A divindade na barra transversal,
Sem calças a dançar no asfalto,
Rindo-se ao vento. 
O fluxo de sua respiração
Insufla os pneus. 
Uma cadeira, que range,
Balança à música
Que zumbiu nos raios. 
Alguém abandonou uma bicicleta
Que o poderia
Carregar para qualquer lugar
Em um instante.
Talvez esteja em algum lugar,
Fora desta chuva,
Pensando onde a deixou. 
Talvez venha a tropeçar nela
Ao procurar um lugar
Onde esteja morno e seco. 
Pode saltar sobre ela e pedalar,
Com algum balanço no início,
Então lépido e firme
Retornará para casa.

PAR - Trofa - PT

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Santa Poesia