Estrelas enormes caem,
Corujas enormes circundam
Por cima de nós.
Nós sentamo-nos no
Chão maravilhados.
Há um, qualquer um
Que um qualquer não esteve com ele!
A verdade é, nada de matérias outras.
Você é, mim sou, ele é-se.
O mundo vem, por favor, pedir.
Erga as mãos.
Nenhum não. Nenhum não. Sem sustos.
Um Deus velho encolhe na chuva,
Ondula nos varais.
Oxida-se no humedecer da negligência.
Alguém abandonou seu passado.
A divindade na barra transversal,
Sem calças a dançar no asfalto,
Rindo-se ao vento.
O fluxo de sua respiração
Insufla os pneus.
Uma cadeira, que range,
Balança à música
Que zumbiu nos raios.
Alguém abandonou uma bicicleta
Que o poderia
Carregar para qualquer lugar
Em um instante.
Talvez esteja em algum lugar,
Fora desta chuva,
Pensando onde a deixou.
Talvez venha a tropeçar nela
Ao procurar um lugar
Onde esteja morno e seco.
Pode saltar sobre ela e pedalar,
Com algum balanço no início,
Então lépido e firme
Retornará para casa.
PAR - Trofa - PT
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