domingo, 25 de julho de 2010

25.07.2010





























Acordei de um sono
Agitado de estranhos
Pesadelos curvos
Silêncios breves
Acordei ao som
Do vento frio
Na roseira
Meio desfolhada
Da varanda
Barriga vazia
Vontade de café
E litros de água.

Quando o sonho
Me apanha distraído
Traz-me um cheiro
De ervas frescas
De lareiras no Inverno
De rosas brancas
Nos beirais das casas.

Um aroma de alguidar
Um aroma de uvas
Pisadas pela bisavó…

Quando o sonho
Estoura em meu sono
Assim meio sardinhas
Meio castanhas
Assim umas lembranças
Do quando corria pelas ruas
Só para comer migas…

E o vento da praia
Tinha o cheiro adocicado
Dos gelados de creme
Cobertos com chocolate
Tinha o cheiro do meu pai
Sentado ao meu lado.

Quando o sonho
Me cai nas costas
Tem o peso e a cor
Dos cabelos muito lisos
De minha mãe.
Verdade seja dita
Que dormir não é
Muito fácil para mim.

PAR - Trofa - PT

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Santa Poesia