Gordon Gould
17 de Julho de 1920 a 16 de Setembro de 2005
(Feliz Aniversário)
Em 1953, Charles Hard Townes, James P. Gordon e
Herbert J. Zeiger produziam o primeiro maser, um dispositivo
similar ao laser, mas produz microondas em vez de luz visível.
O maser de Townes não tinha capacidade de emitir as
ondas de forma continua. Nikolai Basov e Aleksander
Prokhorov, da União Soviética, trabalharam de forma
independente em um oscilador quantum e resolveram
o problema da emissão continua utilizando duas fontes
de energia com níveis diferentes.
A palavra "laser" foi usada pela primeira vez por
Gordon Gould, portanto, há boas razões para a
creditar que ele inventou e fez o primeiro laser de luz.
Segundo Gould, numa madrugada de sábado em
finais de 1957 teve uma inspiração súbita sobre
como resolver o problema da emissão estimulada
de luz visível. Escreveu num caderno de notas de
um fôlego, com esquemas detalhados, e introduziu
o acrónimo LASER (em que o L de “luz”
substitui o M de “microondas”).
Na segunda-feira autenticou o caderno
notarialmente – curiosamente, numa loja de doces – e
falou com um advogado sobre o que fazer para
registar uma patente. E aqui cometeu o que
viria a ser o maior erro da sua vida: ficou convencido
de que precisava de construir um laser para
o poder patentear, quando bastava ter patenteado a
ideia. Assim, Gould abandonou a tese, arranjou
emprego numa empresa científica, e conseguiu
convencer os chefes a investir no laser. Em 1959,
a agência de defesa americana concedeu-lhes um
subsídio de um milhão de dólares, na condição
de não participar no projecto, devido ao seu
passado comunista. Gould decidiu então
patentear a ideia – apenas para descobrir,
amargurado, que Townes e Schawlow o
tinham feito no ano anterior.
Gould embarcou então numa batalha legal que
se prolongaria durante 30 anos, ao fim dos quais
obteve o direito a receber dividendos
pela utilização do conceito laser.
Ironicamente, graças ao espectacular
desenvolvimento desta tecnologia durante
este período, a recompensa acabou por ser
muitas vezes superior à que teria resultado
se a patente tivesse sido imediatamente aceite.
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