Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny
15 de Julho de 1776 a 02 de Março de 1850
(Feliz Aniversário)
A Missão Artística Francesa chegou ao Rio de Janeiro
em 26 de março de 1816. D. João VI criou então
a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, na qual os
franceses teriam de formar uma nova geração de artistas
e realizar projetos dentro dos cânones do estilo neoclássico,
o mais moderno do seu tempo.
Grandjean foi incumbido de projetar e construir o
edifício da nova Escola, inaugurado em 1826 como
Academia Imperial de Belas Artes, já em pleno governo
de D. Pedro I. Tudo o que resta do edifício da
Academia é o belo pórtico de feição clássica,
colocado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro depois
da demolição da Academia, em 1938. Na Academia
Gradjean era professor da aula de arquitetura.
Para sua casa particular, o arquiteto construiu na
Gávea (c. 1826) um belo casarão neoclássico, de dois
andares, parcialmente circundados por galerias porticadas.
O acesso ao primeiro andar se faz por uma elegante escadaria.
Na parte posterior da casa há dois salões cilíndricos.
O mais importante projeto de Grandjean que ainda está de pé
é o edifício para a Praça do Comércio do Rio de Janeiro,
para o qual foi incumbido por D. João VI e que se realizou
entre 1819 e 1820. As fachadas são simples, mas o enorme
espaço interno abobadado do edifício, de planta centrada,
inspirado nas basílicas cívicas romanas, é o mais notável.
O eixo principal é ladeado por galerias com colunas dóricas,
e sobre o centro do edifício há uma cúpula com uma
abertura que permite a entrada de luz. Seu projeto é
diferente de tudo que se havia feito no Rio de Janeiro até então.
Grandjean também fez projetos que nunca se realizaram,
como uma Biblioteca Imperial (1841), e o Senado do Império (1848),
provavelmente ambiciosos demais para o jovem país.
O desenho para o Senado se encontra hoje no
Museu Nacional de Belas Artes.
Grandjean morreu no Rio de Janeiro em 1850.
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