quarta-feira, 23 de julho de 2008

Santa Valburga




710 - 779


Valburga nasceu em Devonshire,
na Inglaterra meridional em 710.
Era uma princesa dos Kents, cristãos
que desde o século III se sucediam no trono.
Ela viveu cercada de nobreza e santidade.
Seus parentes eram reverenciados
nos tronos reais, mas muitos preferiram
trilhar o caminho da santidade
e foram elevados ao altar pela Igreja,
como seu pai, São Ricardo e os irmãos
São Vilibaldo e São Vunibaldo.

Valburga tinha completado dez anos quando
seu pai entregou o trono ao sobrinho,
que tinha atingido a maioridade
e levou a família para viver num mosteiro.
Poucos meses depois, o rei e os dois filhos
partiram em peregrinação para Jerusalém,
enquanto ela foi confiada à abadessa
de Wimburn. Dois anos depois seu pai morreu
em Luca, Itália. Assim ela ficou
no mosteiro onde se fez monja e se formou.
Depois escreveu a vida de Vunibaldo
e a narrativa das viagens de Vilibaldo
pela Palestina, pois ambos já eram sacerdotes.

Em 748, foi enviada por sua abadessa
à Alemanha, junto com outras religiosas,
para fundar e implantar mosteiros
e escolas entre populações
recém-convertidas. Na viagem,
uma grande tempestade foi aplacada
pelas preces de Valburga,
por ela Deus já operava milagres.

Naquele país, foi recebida e apoiada
pelo bispo Bonifácio, seu tio, que
consolidava um grande trabalho
de evangelização, auxiliado pelos
sobrinhos missionários.
Designou a sobrinha para a diocese
de Eichestat onde Vunibaldo havia
construído um mosteiro em Heidenheim
e tinha projeto para um feminino
na mesma localidade.
Ambos concluíram o novo mosteiro
e Valburga foi eleita a abadessa.
Após a morte do irmão,
ela passou a dirigir os dois mosteiros,
função que exerceu durante
dezessete anos. Nessa época transpareceu
a sua santidade nos exemplos de
sua mortificação, bem como no seu amor
ao silêncio e na sua devoção ao Senhor.

As obras assistenciais executadas pelos
seus religiosos fizeram destes mosteiros
os mais famosos e procurados de toda
a região. Valburga entregou-se
a Deus de tal forma que os prodígios
aconteciam com freqüência.
Os mais citados são:
o de uma luz sobrenatural que envolveu
sua cela enquanto rezava, presenciada
por todas as outras religiosas
e o da cura da filha de um barão,
depois de uma noite de orações ao seu lado.

Morreu no dia 25 de fevereiro de 779
e seu corpo foi enterrado no mosteiro de
Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos.
Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat,
aquando de sua canonização, em 893,
o seu corpo foi encontrado ainda intacto.
Além disso, das pedras do sepulcro brotava
um fluído de aroma suave,
como um óleo fino, fato que se repetiu sob
o altar da igreja onde o corpo foi colocado.
Nesta mesma cerimônia,
algumas relíquias da Santa
foram enviadas para a França do Norte,
onde o rei Carlos III, o Simples,
havia construído no seu palácio de Atinhy,
uma igreja dedicada a Santa Valburga.

O seu culto, em 25 de fevereiro,
se espalhou rápido,
porque o óleo continuou brotando.
Atualmente é recolhido em concha de prata
e guardado em garrafinhas distribuídas
para o mundo inteiro.

Os devotos afirmam que opera milagres.


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