terça-feira, 10 de maio de 2011

10.05.11



que é um sótão 
se não uma caverna (*)
virada do avesso
uma entidade
não-divina
com os olhos pregados
na marca do gol
à espera...
e não vem o pontapé
não se inicia
qualquer movimento
nada acontece 
por anos a fio
treme de febre
treme de frio
deixa-se ir pluma
na tona do rio
sentado na margem
a olhar para
o outro lado
e sem nenhuma
vontade de construir
pontes...


PAR - PT


*sobre um mote de Burian...

1 comentário:

Marcos Burian (Buriol) disse...

Por quê será que isto me pareceu estranhamente familiar?

Ah, a ponte, onde está tal ponte...e como fazer para construir...como ligar um mundo que não faz parte do mundo ao mundo?

Anos a fio, de fato.

Santa Poesia