quinta-feira, 27 de outubro de 2011

27.10.11




Acrópole


Abrias o azul
Com teu olhar nublado
Eram raios e outras coisas
Que a ninguém 
Lembraria saber
E por pouco
Não escorria da boca
Dos que não diziam
Seus desejos…
Apenas três
E mais nenhum
Como se cada
Um fosse uma ideia
Genial.
Um grito nos telhados
Da cidade
Um grito que não é eco
Um grito de fúria
E prazer
A cortar as nuvens
Como uma vagina,
Uma chuva de tesouras.
E tu abrias o azul
Com teu olhar.
Deixavas o azul
Fazer-se branco
E cinza vestido de negro.
A cidade 
Escanzelada
Bebia teu sangue
E cuspia nuvens
Pelas chaminés
À espera que abrisses
O azul
Com o teu olhar.


PAR - PT

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