terça-feira, 20 de setembro de 2011

20.09.11



ontem vi borboletas
eram livres e estavam
presas à memória
quando me sentar
convosco à mesa
hei de vos contar tal história
de borboletas que voam livres
na gaiola da minha memória
sob o sol do dia
que nossos corpos percorria (?)
andamos à sombra
chaves que abrem corpos
e deixa pronto o tom
do tempo (!)
esquecer de propósito
os outros corpos
enterrados no alcatrão
e cobertos de cimento
raio-X de paredes
do estômago e técnicas
invasivas de investigação (...)
escutas médico-telefónicas
litros de sangue nos pequenos
tubos de cristal
rastreios e relatórios
que só dizem o já sabido (:)
todos, um dia, deixaremos
de estar... deixaremos de ser
seremos apenas borboletas
na gaiola das lembranças
fotografias digitalizadas
em alta definição
que ninguém mais vê
porque não se lembra
onde guardou o DVD...


PAR - PT

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