quarta-feira, 3 de março de 2010

03.03.2010

pela tarde
desaba grito
nuvem-silêncio
a tarde
escreve a tempestade
por extenso
a tarde grita
o granizo
entre os dentes
a tarde inverte
vento e asa
arranca as telhas
e o chão da casa
pela tarde
ouve-se o grito
a ecoar
no silêncio das vacas.

Paulo Ramos - Trofa - Portugal

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Santa Poesia