quarta-feira, 12 de maio de 2010

ainda Lilith...

Da rebelia adâmica, e o fruto
Da árvore interdita, e mortal prova
Que ao mundo trouxe morte e toda a dor,
Com perda do Éden, ‘té que homem maior
Nos restaure, e o lugar feliz nos ganhe,
Canta, celestial Musa, que no cume
Do Orebe, ou do Sinai lá, inspiraste
O pastor que ensinou a casta eleita,
De como no princípio céus e terra
Se ergueram do Caos; (…)

John Milton (09.12.1608 - 08.11.1674), in Paraíso Perdido.

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Segundo Carl G. Jung (26.07.1875 - 06.06.1961)

“uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma
coisa além de seu significado manifesto e imediato. Esta palavra
ou esta imagem tem um aspecto inconsciente, mas amplo,
que nunca é precisamente definido ou de todo explicado”.
Lilith se encaixa perfeitamente nesta visão jungeana de complexa
simbologia mística onde o inconsciente é manifestado em todas
as suas expressões.


Lilith é a noite, é a rainha da noite, é a lua, representa a lua,
a oposição do sol. Lilith foge da luz, como uma vampira, precisa
reinar nas trevas como algo desconhecido e que causa medo
nas criaturas.

Lilith é a mulher livre, independente, soberba em curvas sensuais
e provocantes, é a dançarina do ventre, logo seduz o homem por
dominar a fraqueza deste com seu poder maléfico de sedução.
Lilith é o vaso, o homem é a semente!


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