sexta-feira, 12 de agosto de 2011

12.08.11



Rebanho

Tantas gentes
A coabitar
Uma só cabeça.
Um desassossego nas
Paredes da Tabacaria.
Um fingir que é dor.
Tantas letras
Na essência musical
Dos (teus) versos inúteis…

Porque quem ama
Nunca sabe o que ama
E eu te amo Pessoa,
Venero teus Reis
E teus Campos.
Quem fostes vós
Neste mundo aberto?
A destilar belas flores
E tosquiar o Carneiro
Na Brasileira de Lisboa…
De quem fostes voz
Para um deus Caieiro?

Deixo as asas dos
Quatro anjos
Tapar-me os olhos
E não me preocupo
Em saber qual és,
Fernando, que
Soares aos ouvidos.

PAR - PT

1 comentário:

____ disse...

Fernando Pessoa, um poeta, mil disfarces!

Santa Poesia