quarta-feira, 13 de abril de 2011

13.04.11



Se pensarmos na máscara 
como alter-ego 
ou o outro eu, 
logo personagem, 
aquele que somos 
sem que se veja, 
a que alguns chamam ânima, 
aquilo que nos anima 
e nos dá a chama, 
e os olhos como portas 
para a alma, 
ou o eu animado pela chama, 
e pensarmos que só somos 
a chama que nos brilha nos olhos, 
que nos superamos 
e fazemos ler pelos olhos, 
únicos pontos de verdade 
nas máscaras diárias 
de repressão de superego, 
então os Olhos estão lá, 
podes vê-los no centro 
da máscara 
com suas chamas acesas 
e animadas em mim, 
em ti e em todos, 
logo penso que a máscara vale 
como forma de atribuir olhos... 
a quem não os tem
(Panos para mangas 
e pernas para que te quero!)


PAR - PT

1 comentário:

Marcos Burian (Buriol) disse...

Pano pra manga, de fato. Dizem que quem bem escrever sabe, consegue escrever sobre aquilo que não é, fazer personagens contrários daquilo que se é, incríveis para quem os criou, detestáveis para aquele que escreve...

Já pensei e pensei, e sempre acho que não sei bem escrever por não conseguir fazer tal proeza...

Nada a ver com o escrito? Desculpe. É segunda, de novo. Nada faz sentido, hoje. Nem nunca.

Santa Poesia