quarta-feira, 20 de abril de 2011

20.04.11



simples poesia do sono
depositada em mão esquecida
de ausência narrativa do tempo
quem ousaria chamá-la engano
se as palavras não são legíveis
e toda a evidência da vida está lá
de uma maneira ou de outra
ligeira e obliquamente diagramada
evocação de galáxias
sintomática como quem quer ver
a existência e escolhe esperar
compelido por sonoridades
de presença de um mistério
um mundo de verdes
vegetação e bronze árido
montes muito perto do mar
obscuras aberrações de fauna e flora
que estonteiam oceanógrafos
pela infinita variedade evolutiva
mera sugestão lunar de cume e sombra
poema intrínseco à máquina
de que cada nota tem uma duração
correspondente ao iluminar
de um objecto 
com excedentes de iões
o poema é o improviso
de um sistema logarítmico
de substituição e troca
de conceitos e energias.


PAR - PT

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