sábado, 30 de abril de 2011

30.04.11



tua sombra dialéctica
acumulava pólen
encostada às árvores
escorada nas paredes
esborrachada na beira
do passeio público
eu minto descaradamente
eu finjo que leio
a revista de programação
da televisão
ouço nos rádios
as cantoras carecas
cafeinómanas
embriagadas
e a tua sombra
permanece
tatuada na pele
do rio
negro arco-íris
na madrugada!


PAR - PT

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Santa Poesia