sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Elefantes





























São enormes os elefantes
Projectam sombras gigantes
Tem pés largos e chatos
E muito amor aos sapatos

Os elefantes incomodam
Com seus corpos
Espampanantes
Suas suaves lembranças
Caras de estúpidas crianças.

Os elefantes conhecem
Muita e diversa gente
Que se não for um amigo
Há de ser um parente.

Tais animais solitários
Ocupam montes de espaço
Mas não se podem esconder
Pois não cabem nos armários.

Metem-se com tudo e todos
Querem ser parte da história
Mas perdem-se na conversa
E não guardam a memória.

Tapam a vista e a paisagem
E berram com histeria
Queriam ser borboletas
Mas isto ninguém sabia…

São tão cinzentos e pardos
São tão lentos e parvos
Acham sempre que já tinham
O que nunca lhes foi dado.

Tem sempre opiniões
Intenções de dar trombada
Parecem nuvens ao vento
Mas chuva, que é bom, nada!

Fazem-se de interessados
Fingem que estão a ajudar
Se puderem estar no fiado…
Que outros vão trabalhar.

PAR - PT

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