terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

01.02.11



o vinho evapora
nos cálices
coagula nas mós
dos moinhos de trigo
corre na borda
dos rios
espuma de mosto
e de sangue
tinge-se a água
que pinga torneiras
e lava cálices
onde decanta
o vinho do sangue
de ninguém
no fio da faca
que corta as veias
e penetra a carne
faz distender os tendões
o sangue gorgoleja
na garganta
goteja escorre
estanca vinho
em cálices de prata.


PAR - PT

2 comentários:

Marcos Burian (Buriol) disse...

O zinabre de tais cálices deve ser especialmente letal, não?

Paulo Ramos disse...

SIM... L E T A L e L E N T O como devem ser T O D O S os VENENOS!!!

Hahahahahahahahahahaha!!!

Santa Poesia