domingo, 2 de janeiro de 2011

02.01.11









nunca supus
o corpo morto
atrás das cortinas
nunca sonhei
fadas pequeninas
nas flores murchas
nas folhas das abóboras
meninas
nunca pensei
concretizar absurdos
a pairar no ar
como sublime
naftalina
abraçar travesseiros
amontoar caçarolas
a cara recém acordada
murcha
rosada e amassada
nunca imaginei
que o sangue
manchasse tão depressa
os lençóis.


PAR - PT

1 comentário:

Marcos Burian (Buriol) disse...

Ah, mas mancha viu. Pelo menos é mais fácil livrar-se de manchas do que do corpo...

Santa Poesia