quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

27.01.11



a chuva dissolve

a caspa na cabeça
dos que correm
a chuva lava a lepra
da derme
dos que sofrem
a chuva deixa
no chão
filetes de cor de cabelos
das mulheres
que passam
a chuva encolhe
a pele das vacas
que pastam
a chuva transforma
em lama
o pó que estava
nas coisas
deixa gotas nos chapéus
realça o brilho dos olhos
a chuva humedece
os lábios dos que beijam
e dos que não.

PAR - PT

1 comentário:

Marcos Burian (Buriol) disse...

A chuva daqui é usada comoinstrumento indicador de incompetência de presidentes...ainda bem que não moro no Rio viu.

Santa Poesia