sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Outonos tantos e tantos outros…

Existiu um lenhador
Que acordava de manhã
E trabalhava o dia inteiro
A cortar lenha,
Só parava tarde da noite.
 
Tal lenhador tinha um filho lindo,
De poucos meses e uma raposa, sua amiga,
Tratada como bicho de estimação
De sua total confiança.

Todos os dias o lenhador ia trabalhar
E deixava a raposa a cuidar de seu filho.
Todas as noites ao retornar do trabalho,
A raposa ficava feliz com sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam
Que a raposa era um bicho,
Um animal selvagem;
E portando, não era de confiar.
Quando ela sentisse fome
Comeria a criança.

O lenhador sempre a retrucar com os vizinhos
Dizia que isso era uma grande asneira.
A raposa era sua amiga e jamais faria isso. 
Os vizinhos insistiam:
- "lenhador abra os olhos!
A raposa vai comer seu filho."
- "quando sentir fome, comerá seu filho! "

Um dia o lenhador
Muito exausto do trabalho
E muito cansado desses comentários.
Ao chegar em casa viu a raposa sorrindo
Como sempre e sua boca
Totalmente ensanguentada...

O lenhador suou frio
E sem pensar duas vezes
Acertou o machado na cabeça da raposa ...
Ao entrar no quarto desesperado,
Encontrou seu filho no berço
Dormindo tranquilamente
E ao lado do berço uma cobra morta ...

O lenhador enterrou o machado
E a raposa juntos. 



Adaptado de uma história que me contava a mãe quando eu era pequeno!!!

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Santa Poesia