segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

24.01.11





a luta inglória que travamos
contra o tempo e sem espadas
nem escudos
com nossas mãos descarnadas
a proteger o peito desnudo
o sangue que vertemos
e as lágrimas que bebemos
salgam a terra
e tingem os olhos de quem
defendemos
os corpos arqueiam no peso
da luta
o tempo aperta-nos o pescoço
com seus dedos sujos
tira-nos o ar
o tempo abafa os sonhos
de todos os que lutam
os corpos unem-se
massa de ataque
pedra de toque e luz
à distância
o que o tempo não sabe
é que a sua eternidade
depende de nós.


PAR - PT

1 comentário:

Marcos Burian (Buriol) disse...

De fato...ô luta inglória viu...viver...por vezes, dá vontade de tão-somente existir. Ser uma planta.

Santa Poesia