segunda-feira, 16 de agosto de 2010

16.08.2010




Epistemologia Poética

Simples poesia de sono
Depositada em mão esquecida
Ausência narrativa de tempo
Quem ousaria chamar engano
Se as palavras não são legíveis
E toda a evidência da vida está lá
Ligeira e oblíqua, diagramática
Evocação de galáxia
Algo sintomático, 
como quem quer ver
E escolhe
Esperar e deixar acontecer
Compelido por sonoridades,
Escutar a presença do mistério
A emanar da polifonia amarrada
Implicação de vocábulo e som
Entre o aleatório intervalo de significados
Voz em relevante cromatismo
Insignificantes frases de encontro
Esbater de específicas ondas
Minuciosa parcela que escova o granito
Na densidade das 
Vibrantes Imagens Póstumas
Um mundo verde
Vegetação e bronze árido
Montes muito perto do mar
Obscuras aberrações de flora e fauna
Que estonteiam os oceanógrafos
Por sua infinita variedade evolutiva
Mera sugestão lunar de cume e sombra
Estranho silêncio da atmosfera
Que agora desvanece na fotografia
Deste tão-somente espaço e tempo
Existe somente em seu estado virtual
Encaixe de emblema hipotético
Numa situação em que toda a significação,
Símbolo e sinal
Forma verbal de secreta periferia
Ao contrário de sua margem poética… 
O Poema é intrínseco à máquina e
Cada nota tem uma duração
Que corresponde ao iluminar
De um objecto com
Excedentes de iões
De toda aquela força tecnológica
O Poema é improviso dentro de
Sistema logarítmico
Em troca de energia por conceito.


PAR - Trofa - PT

1 comentário:

CAMILA FERREIRA disse...

Olá, me encanto toda vez que venho por aqui.

http://cotidianodoremi.blogspot.com/2010/08/selo.html

Um selo pra você lá no blog.

Abraço!

Santa Poesia